terça-feira, 22 de junho de 2010

O Espírito Nômade do Ser Humano

Estive entregue à reflexão do novo tema a ser exposto e tratado aqui. Trata-se do espírito nômade do ser humano, a adequação do convívio em grupo, a formação da família e a atribuição da fixação de residência fixa e a vida sedentária.
Sabemos que o homem na antiguidade migrava de tempos em tempos com seu bando, pequeno grupo familiar ou até mesmo sozinho, caçava para a sua sobrevivência, mudava de região devido às intempéries da natureza, mudança de clima e outros fatores naturais. O ser humano, como ser racional e topo da escala evolutiva dentre os seres vivos do planeta, vivia em comum harmonia com a natureza, desde que mantivesse o processo migratório através dos quatro cantos do mundo.
A partir do momento que surge a organização dos grupos populacionais e a organização dos problemas que a vida em sociedade acarretam, a constituição da família e todas as suas implicações, o homem começou a fixar local de residência, a criar as tribos, aldeias, vilas, pequenos vilarejos, até chegar ao conceito que hoje chamamos de cidade, metrópole e megalópole. Quando o homem deixou de ser nômade e passou a ser sedentário, acabou aí o equilíbrio entre homem e natureza, pois a apropriação de um local e a sua degradação passou a ser legado de uma sucessão de gerações, o que impede a natural recuperação destas áreas pela natureza, a recompor aquilo que foi subtraído dela.
Hoje o planeta terra agoniza, doente terminal, pois cada cidade do mundo é como uma ferida cancerígena, sem cura, onde a população de humanos cresce mais do que a capacidade regenerativa do planeta. Não bastasse tudo isso, o homem ainda interfere de forma bastante significativa destruindo o meio ambiente ao redor das cidades, destruindo matas ciliares de rios e nascentes, desmatando matas e florestas, perfurando o solo em busca de minerais e petróleo sem falar na poluição do ar causado pelo uso de combustíveis fósseis e a contaminação da água pelo esgoto doméstico e industrial e do lixo que não é reciclado, mas dispensado em aterros sanitários.
A solução para que o planeta e a humanidade se salvem, definitivamente, é mudar não só a ordem social e econômica, destituindo o Capitalismo como o sistema econômico vigente, mas também, abandonar o estilo de vida sedentário das cidades e o vício de explorar um local específico sem deixar que a natureza recomponha-o à sua forma original, significa então, abolir o sistema de cidades e voltarmos a ser nômades novamente, pessoas sem residência fixa, apenas cidadãos do mundo, seres humanos, seres em harmonia com o planeta, explorando seus recursos mas não até a sua exaustão, mas migrando de forma equilibrada pelo planeta de forma que ele se regenere e se cure do mal que lhe causamos durante tanto tempo.
Um abraço para todos e discutam o tema.