quarta-feira, 29 de dezembro de 2010

A renovação da Esperança

Todo final de ano as pessoas se enchem de entusiasmo e euforia. O dia 31 de dezembro representa para muitas pessoas o encerramento de um ciclo que se inicia novamente todo 1° de janeiro do ano seguinte. Tudo o que deu errado durante o ano é revisto e tomado como promessas de que dias melhores virão, de que no novo ano tudo será diferente, de que as promessas não cumpridas dessa vez vão dar certo! É a renovação da Esperança.
Por mais que no novo ano várias coisas voltem a se repetir em nossas vidas e a dar errado, não devemos desistir nunca! Essa renovação da esperança deve ser diária, devemos trilhar o caminho da vida recheado de pedras e espinho e a todo momento acreditar no renascimento, no recomeço. Jamais devemos ter um ano ruim e esperar até o Reveillon para começar a mudar algo em nossas vidas.
Não espere virar o ano para começar aquele regime, comece agora, já nas ceias das festas de natal e ano novo, a comer menos, a praticar exercícios, a se cuidar mais e a dar mais valor em si mesmo. Ter metas na vida é algo que nos motiva a viver com maior entusiasmo, com maior vontade de vencer. Não espere o ano acabar para fazer um balanço e ver se algo está dando certo ou errado. Faça intervenções de tempos em tempos na sua vida, refaça seus planos, recomece mesmo que ainda esteja no primeiro semestre do ano.
É melhor recomeçar tudo de novo quando ainda se está no início da caminhada do que cruzar a linha de chegada e perceber que tudo deu errado e que todos os seus esforços não valeram para nada. Tenha sempre em mente que a vida possui um botão vermelho de emergência e que este deve ser acionado sempre que algo não está bem. Não espere terminarem as festividades para ser feliz. Seja feliz agora! Feliz 2011!

sábado, 25 de dezembro de 2010

Jesus, Natal e o Capitalismo

No dia 25 de dezembro é comemorado o Natal, data controversa do nascimento de Jesus. É a data também onde a pessoa mais lembrada passa a ser o Papai Noel, ícone do Capitalismo e incentivador da onda de consumismo nesta época do ano.
Valores cristãos pregados por Jesus como a solidariedade, a paz, o amor pelo próximo são facilmente lembrados apenas nesta época do ano, como se os necessitados e menos favorecidos só tivessem esse tipo de dificuldade na noite de natal.
Tanto os valores cristãos como as atitudes de cada um de nós deve ser diária. Temos que celebrar um Natal todos os dias, nos 365 dias do ano. Promover a paz no trânsito que mata mais do que o câncer. Promover o amor ao próximo para que possamos ter cidadões melhores e menos violência, menos criminalidade, menos tráfico de drogas e de armas. Lutar diariamente pela paz do seu bairro, da sua cidade, do seu país e pela paz no mundo.
Infelizmente muitas pessoas não tomam partido deste tipo de atos no seu dia a dia, mas como que num desencargo de consciência, o fazem nas proximidades do Natal, como que lavando as mãos, de toda a apatia no restante do ano.
É triste ver as pessoas em lojas, supermercados e no comércio em geral gastando fortunas e gerando dívidas para o ano novo que se aproxima. Tudo em função do capitalismo, que é um sistema que destrói os bons valores do ser humano e prevalece a satisfação pelo possuir, pelo ter, enaltecendo o egoísmo de cada um.
Jesus com certeza, independente de qual dia tenha nascido, deseja que cada um de nós viva seus ensinamentos todos os dias. Esta é uma luta que iremos ver ser travada ao longo de nossas vidas, pois a demagogia e a hipocrisia já estão muito incorporadas ao nosso modo de vida. Feliz Natal!

segunda-feira, 13 de dezembro de 2010

Falta de informação e idiotismo

É sempre muito bom conhecer pessoas, principalmente estrangeiros, pois o intercâmbio de informações é sempre mais vasto, seja culturalmente, seja gastronomicamente, seja de distintas formas. Algo que noto sempre é que independente da nacionalidade, há sempre aqueles que são mais ou menos instruídos, mais ou menos interessados por determinados assuntos. Em minha última viagem me ocorreram duas experiências interessantes que irei relatar aqui a respeito da falta de informação e outra sobre o idiotismo.
Estávamos num grupo de cinco ou seis pessoas sentados, com um notebook sobre a mesa, o site exibia letras de músicas cifradas e eu cantava enquanto um amigo tocava violão. Algum interlocutor dirigiu-me a pergunta a respeito da propriedade do notebook, ao qual, prontamente afirmei não ser meu, mas de um colega argentino. O mesmo mais do que depressa afirmou: -O notebook é meu! Mas eu sou Socialista! Então podem usá-lo a vontade. Não pude deixar de corrigí-lo. No socialismo não existe propriedade privada, ou seja, o notebook não é seu, mas sim propriedade estatal, do governo! O governo provém o seu acesso e até pode te fornecer um aparelho desses, você pode emprestá-lo, ou socializá-lo, mas ele não é seu e não se pode tirar proveito disso. No anarquismo por exemplo a situação seria outra. O que não existe é o Estado, o governo. Você tem o notebook e pode até entre amigos, fundar uma cooperativa para inclusão digital.
Foi justamente quando toquei no assunto anarquismo que um colega espanhol entrou na conversa. E é aqui que começo a falar sobre o idiotismo. Certos ditados são universais e mais vale manter a boca fechada pois daí não entra mosca! O que vou expor aqui é algo que vale para todo aquele que pensa da mesma forma que meu amigo espanhol. Ele disse que o anarquismo é uma utopia. Como não se bastasse, ainda afirmou que é impossível alguém inteligente e racional defender o anarquismo! Primeiro que a base do anarquismo é a Ação Direta. Para ser bem direto é a velha fórmula do Faça você mesmo! Ou seja, se faltava informação agora você já tem! Mas não diga que é utópico se você é desses que não tem atitude e sempre espera que alguém (Governo) faça tudo por você.
Falta de informação se cura com muita leitura, muito bate-papo, muita discussão de idéias. Anarquismo deixa de ser utopia quando cada um se junta à seu próximo e monta um mutirão, uma cooperativa e a quando a união faz a força, a utopia se torna realidade. Idiotismo não se cura, infelizmente.

quarta-feira, 17 de novembro de 2010

A Proclamação da República

No último dia 15 de novembro foi feriado, onde se comemora o Golpe Militar encabeçado pelo Marechal Deodoro da Fonseca, homem de confiança do então Imperador Dom Pedro II, convencido por um grupo de republicanos que já tramavam o golpe para o final do mês de novembro, mas teve que ser antecipado devido à um boato de que o Imperador havia descoberto o movimento conspiratório e puniria todos os traidores da coroa.
República significa coisa do povo, mas a proclamação foi tudo, menos uma coisa do povo, pois foi um golpe para a derrubada da monarquia, liderado por intelectuais, políticos de oposição ao Imperador, fazendeiros que se sentiram lesados por não receberem indenização do governo com a abolição dos escravos e por último com o apoio do exército brasileiro, que sempre se sentiu menos prestigiado pelo Imperador que sempre deu maior atenção à Marinha.
O golpe foi discreto e não chegou a chamar a atenção de populares, gente que realmente representava o povo, mesmo porque, desde aquela época o povo já não se interessava por política e sempre eram comandados pela classe aristocrata, então, como podemos ver, não foi proclamada a república mas sim um movimento político da classe rica e dominante, apoiado por intelectuais e militares descontentes, e o povo, ah sim, o povo que se dane!
Até hoje quem é pobre, vive à margem da miséria e da pobreza, inclusive os negros alforriados pela Lei Áurea um ano antes da proclamação, colhem os frutos desse golpe que degenerou a estrutura política do país, afundou o governo em dívidas enormes, mergulhou o país no seio das desigualdades sociais e distanciou ainda mais o abismo que separa pobres e ricos.
Durante muito tempo e até nos dias de hoje é possível vermos durante a época de eleições as propagandas e promessas com o foco nas melhorias das condições e da qualidade de vida do povo, afinal vivemos numa república e isso significa não só a vontade do povo, mas o povo no poder, mas o que vemos depois durante o governo é o enrriquecimento cada vez maior de empresários, banqueiros, fazendeiros latifundiários e toda classe de aristocratas que desde a proclamação ainda vigoram no poder.
Enquanto o brasileiro for esse cidadão pacato e de bem e não tomar para sí os problemas que o atingem, nenhum tipo de revolução será visto, nenhum tipo de independência ocorrerá, seremos eternamente governados por uma elite pífia que não move uma palha para mudar essa realidade. O brasileiro precisa se organizar, não para tomar o poder e instituir um socialismo tão ditador quanto o da aristocracia, mas para eliminar toda e qualquer forma de poder, principalmente o político e o partidário. Aí sim, quando o povo provocar esse tipo de proclamação, teremos de fato uma república, a vontade do povo!

quinta-feira, 11 de novembro de 2010

O homem é pequeno demais

Não venho aqui relatar a estatura do homem atual, do homem moderno, mas sim do tamanho de seus sonhos e ideais. Vivemos um tempo em que pouco ou nada se produz e o pouco que temos sequer faz frente a épocas tão distantes, aos anseios que homens de antigamente tiveram. Vou apenas demonstrar o quanto o homem é pequeno demais nos nossos dias, para sonhar e tornar estes sonhos realidade.
Desde a antiguidade, durante a idade da pedra, o homem, mesmo ainda sem ter uma sociedade consolidada, um comércio ou uma forma de expressão mais elaborada, já sentia necessidade de sonhar, pois o sonho é a linguagem universal, de onde surgem as idéias, os projetos que um dia se tornam realidade. O homem um dia sonhou que ao esfregar 2 gravetos faria fogo! Um outro homem sonhou que ao estalar de duas pedras também se poderia obter o mesmo resultado. E quanto mais o homem sonhava, mais animais eram domesticados, a roda foi criada, o tear foi criado e tantas outras coisas que tornaram a vida em comunidade menos complicada.
Vejamos agora que tipo de sonhos tiveram os grandes navegadores como Colombo, Vespúcio, Vasco da Gama, que sonhavam encontrar terras onde ninguém jamais tinha ido e navegar praticamente nas águas da incerteza. Esse mesmo sonho de buscar o desconhecido moveu o homem na conquista do espaço, que teve o seu ápice com a chegada do homem à Lua. Muitos homens já sonharam, mas poucos foram os que tiveram coragem de tornar seus sonhos realidade. Homens grandes, não em seu tamanho, mas grandes em seus ideais, grandes em seus sonhos!
A humanidade hoje mais se aproveita do que foi criado do que cria algo de extrema relevância. Será que os homens de hoje pararam de sonhar? Será que a realidade hoje não é mais a real, mas tudo que precise ser criado será feito no mundo virtual? Onde está o homem cheio de inquietudes, insatisfeito com o seu modo de vida e ávido por criar coisas a partir de seus sonhos? É este o homem que procuramos, que talvez tenha se perdido ao longo dos anos. Hoje o homem é pequeno demais, para sonhar como sonharam os homens de outrora, quem sabe até, esses homens de hoje nem sonham e ainda caçoam daqueles que ainda tem o prazer de sonhar, taxando-os de loucos.

segunda-feira, 25 de outubro de 2010

O nascimento, a vida e as dores da alma

O nascimento de uma criança é algo mágico, motivo de muita alegria para o papai e mamãe de primeira viagem, motivo de orgulho para os avós e também amigos que esperavam com ansiedade a vinda do bebê. O nascimento então é um momento aguardado por muita gente, mas há também o lado existencial a ser analisado, um lado que talvez a maioria das pessoas não vejam.
Quando nascemos nosso primeiro ato é o choro. Mas por que o choro? Não será o choro uma manifestação de dor? Uma sensação de desconforto por deixar a barriga de nossa querida mamãe para vir para este mundo que não conhecemos? O fato é que uma vez que nascemos, está apenas começando o nosso sofrimento neste mundo e nesta vida. Nascer já é o nosso primeiro sofrimento e nossa alma ainda irá sofrer muito. O choro nos acompanha a cada dia de nossas vidas, quando estamos com fome, choramos, quando estamos com sede, choramos, quando estamos com calor, choramos, quando estamos com frio, choramos, quando necessitamos de carinho e atenção, choramos. 
Nossa vida é um eterno chorar, um eterno sofrer. A busca pela felicidade passa a ser nosso ideal de vida. Felicidade esta que é facil de ser alcançada, mas que nós seres humanos complicamos muito, por considerar que ela não está em nós mesmos, mas em outra pessoa. A partir daí o que deveria ser felicidade passa a ser sofrimento e muitas vezes vem acompanhado de dores na alma e o choro é inevitável. O ser humano nunca está preparado para sofrer apesar de conviver com a dor e o sofrimento desde que nasce. 
Por que isto ocorre? Por que o ser humano é tão frágil? Por que a mente humana permite um eterno sofrer, que é recorrente em todas as fases de nossa vida? As dores da alma afetam significativamente a vida e a personalidade de cada um de nós sofredores. Entender a causa de cada um desses males é o primeiro passo para redescobrirmos que cada um de nós, pode e deve, ser feliz sozinho. Quem vier para fazer parte de nossa vida, que seja para acrescentar e evitar mais sofrimento e dor em nossas vidas. Se a vida ou esse mundo fossem bons para nós, ao nascer nós daríamos gargalhadas de felicidade ao invés de chorar. O jeito é viver e se acostumar com esse sofrimento e essas dores, pois com o tempo tudo passa.

sábado, 16 de outubro de 2010

Cuspindo no prato que come

O dia 16 de outubro é o Dia Mundial da Alimentação, onde se comemora a fundação da FAO, órgão das Nações Unidas que combate a fome, através de diversos programas de erradicação da fome pelo mundo todo. O que irei abordar aqui é um aspecto que talvez não agrade muito à maioria das pessoas, principalmente aquelas que julgam ser um dever do Estado erradicar a fome mundial.
Para o bom observador, basta um olhar mais apurado. A natureza nos ensina muitas coisas, para isso, basta que tenhamos tempo para contemplá-la. Um olhar sobre o comportamento de certos animais, nos leva a crer que estes mesmos animais jamais sofrem ou sofreram com a mazela da fome. Para os animais que são carnívoros, basta estarem com fome, para despertarem de seu sono ou cochilo que se metem à caça, correm atrás de sua presa, realizam o seu abate e depois junto com o resto da família, compartilham do alimento conquistado. Para os animais que são herbívoros, a natureza lhes fornece todo tipo de plantas para saciarem sua fome. Quando a natureza não provén o alimento sagrado, basta mudarem-se de região em busca de alimento.
Podemos constatar que apenas o Ser Humano se encontra em uma situação de comodismo, de apatia, de conformismo. Passar fome no caso dos humanos é um desejo voluntário e individual, cada qual passa fome porque assim o prefere e porque quer. O capitalismo realmente deixa milhões e milhões de pessoas à margem da sociedade, isso é verdade, mas só o ser humano dá murro em ponta de faca e insiste em fazer parte de um sistema que além de destruir as pessoas, destrói também o meio ambiente onde essas pessoas vivem.
Esperar que as ONG´s, as Igrejas, as Empresas ou até mesmo o Estado resolvam o problema da fome é no mínimo acreditar em algo impossível, utópico. Para acabar com a fome é necessário primeiro romper com a atual postura que o ser humano se encontra, romper paradigmas, ir à luta, começar a fazer algo para transformar a sua vida e o mundo em que vivemos. Quando o homem começar a plantar e a colher os frutos e se alimentar desses frutos, terá feito história, destruído um sistema desigual como o Capitalismo e ainda contribuído para a melhora da qualidade de vida de todos. Para acabar com a fome é necessário plantar. Para plantar é necessário trabalho. Para trabalhar é necessário ter força de vontade. É muito fácil cruzar os braços e esperar que um prato de comida caia do céu.

quinta-feira, 14 de outubro de 2010

O pacato cidadão

O Brasil é realmente um paraíso! Um país tropical, com uma costa previlegiada, com belas praias, um interior bucólico que remete à paz e ao sossego. Mas o Brasil não é só essa maravilha não, aqui também é o paraíso para aqueles que querem fazer o brasileiro de bobo, idiota, trouxa e qualquer outro adjetivo que signifique ser passado para trás.
O povo tem acesso à TV aberta, que é de graça, basta colocar uma antena no telhado, ou usar uma daquelas internas mesmo, pendurada em cima da sua televisão na sala, umas até com um chumaço de palha de aço, para melhorar a sintonia. Entretanto, esse serviço de graça, custa para o povo, ter que engolir goela abaixo, os comerciais da TV, que tem duração variada, mais curtos quando a audiência está baixa, mais demorados, mas bem mais demorados, quando a programação está dando picos de audiência, segundo o IBOPE.
A TV presta um serviço à comunidade, que é o de levar informação e entretenimento, um pouco de cultura para o povo brasileiro, tão sofrido. Em contrapartida, o povo brasileiro passa muito mais tempo em frente à TV do que lendo um livro, aliás, o brasileiro tem um péssimo hábito, o de não gostar de ler. Um dos motivos mais claros, é que a mídia impressa é de mais difícil acesso à população, principalmente os menos favorecidos economica e financeiramente. A informação é a mesma, a mesma que a TV transmite também sai nos jornais e revistas, mas a TV aberta não cobra nada, e o jornal e a revista cobram e não é pouco.
Hoje os jornais e as revistas prestam um desserviço à sociedade. Outro dia lendo um jornal, uma página inteira era ocupada por uma propaganda de um carro novo de determinada marca. Pensei comigo, se eu sou obrigado a engolir goela abaixo esta propaganda, por que o tonto aqui pagou por esta porcaria de jornal? É mais barato, ligar a TV e esperar a propaganda do carro aparecer. Com as revistas isso ainda é muito pior, há uma série de páginas apenas de propagandas, fica difícil é saber, em qual página está a notícia.
Felizmente, dentro em breve, num futuro não muito distante, não vai haver mais nem jornais e nem revistas nas bancas, não porque a população deixou de comprar por pensar conforme meu raciocínio, mas porque boa parte do conteúdo já se encontra disponível na internet, e embora lá também tenha as propagandas, pelo menos, se você não pagar pelo acesso e usar um acesso público gratuito por exemplo, já é um indício de que dias melhores virão. Até lá!

terça-feira, 28 de setembro de 2010

ESPECIAL - Eleições 2010 Falta de Coerência do Eleitor

O Brasil é um país que tem ainda uma história muito recente na Democracia. O pluripartidarismo é um dos problemas do eleitor, faltam opções de tantas opções confusas que se apresentam a cada nova eleição. Chegamos ao cúmulo de ter partidos políticos criados para defender uma determinada categoria, como no caso dos aposentados, sendo que isso deveria ser plataforma política de todo e qualquer partido que se preze.
A maioria das pessoas não compreende questões simples da política, como quem é a situação e quem é a oposição, quem é a direita e quem é a esquerda, principalmente quando há alternância de poder a cada eleição. Há além de tudo uma série de assuntos defendidos por alguns partidos que definem o posicionamento do eleitor, mas não há muita coerência quando se opta por candidatos de partidos diferentes, principalmente quando as vagas são para esferas de poder diferentes, municipal, estadual e federal.
Um partido que tenha trabalhadores no nome defende apenas os trabalhadores? Os demais partidos então defendem os patrões? Os partidos que são socialistas vão realmente expropriar terras e bens particulares para instalar o Comunismo no país? Os Verdes defendem apenas o meio ambiente?
Uma das coisas mais importantes que deveria existir na democracia, era os políticos criarem leis democráticas, que proporcionassem a igualdade de direitos e deveres, garantir a liberdade de expressão e o livre debate de idéias. O que vemos infelizmente são acordos para beneficiar grupos que financiam candidatos nas eleições e depois cobram favorecimentos quando chegam ao poder, leis que beneficiam esses grupos e lesam a população, cerceamento da liberdade e perseguição à todo aquele que se expressa fora do que é adequado para o governo em vigor.
Por tudo isso, falta coerência do eleitor na hora de fazer suas escolhas, como é inadimissível que alguém que forme opinião a respeito de uma corrente política mas em determinados votos escolha a corrente contrária. Eu particularmente sempre acreditei que o povo sempre foi conduzido como massa de manobra, iludido através de falsas pesquisas de intenção de voto, para manipular o resultado das urnas. Quando uma maioria é formada, a democracia deixa de existir e passa a atuar uma ditadura da maioria e o voto perde o sentido de ser. Votar NULO surge como uma opção de protesto para alterar o atual panorama político do país, um verdadeiro chamado de atenção dos atuais governantes, para mostrar que as ações que estão sendo tomadas não estão de acordo com os anseios do povo. Vote 99 e Confirma!!!

quinta-feira, 23 de setembro de 2010

ESPECIAL - Eleições 2010 Candidatos a Senador da República

O Brasil é uma das democracias mais novas do mundo. Após um período de Ditadura Militar o país passa agora pelo processo de redemocratização, a volta do direito ao voto, a liberdade de expressão agora é direito constitucional. Por tudo isso, deveríamos ser um país promissor, mas não somos. Vamos entender o por que.
O estudo da política no Brasil nunca foi prioridade nem por parte dos governos e muito menos o principal interesse da população.
No mais rico estado da nação, o de São Paulo, há 16 anos governado pelos Sociais Democratas, a educação pública foi sucateada ao extremo, os professores estão desmotivados, não há mais o curso de Magistério, que era complementar ao Ensino Médio. Os alunos vivem em verdadeiras prisões, pois a violência juvenil nas escolas e o tráfico de drogas em suas portas está fora de controle. Quando que ainda o jovem tenha contato com a política, se dá através de núcleos de base de partidos políticos ou sindicatos de entidades de classe, onde se tornam fortemente tendenciosos o seu aprendizado.
Como resultado, o povo se encontra de mãos atadas, sem ter discernimento e visão crítica para analisar e avaliar propostas de diferentes correntes políticas, sejam elas de esquerda, centro ou direita. No Brasil, os menores partidos, para angariar uma certa representatividade no Congresso Nacional, lançam mão de candidaturas menos viáveis, de notáveis cientistas políticos, para terem em suas fileiras oportunistas de plantão, oriundos do mundo artístico ou esportivo, com forte apelo de popularidade e carisma entre a parcela que não entende e não se interessa por política no país.
Netinho de Paula, ex-Negritude Jr, eleito vereador em São Paulo, encabeça uma fila de celebridades. Ele candidato pelos Comunistas do Brasil, irá com certeza garantir uma vaga como Senador. Mas por que não o eterno Deputado Federal Aldo Rebelo no seu lugar? Simplesmente porque frente a Marta, Tuma e Aluisio ele não teria chances. Então o povo brasileiro, o eleitor paulista, decide eleger o Netinho, que além de não ser Comunista, não ter a menor afinidade com a causa Bolchevique, não saber quem foram os mártires da Revolução Cubana, para ser o nosso Senador por um mandato de 8 anos.
Para quem conhece o passado do Netinho apenas como músico e apresentador de TV, deem uma pesquisada no Google por "Netinho de Paula Agressão" e constatarão vários links sobre a sua agressão contra uma ex-esposa e também ao repórter Vesgo do Pânico. Está na hora do povo brasileiro acordar e aprender a votar NULO para cancelar essa palhaçada toda e termos candidatos decentes e viáveis para comandar nosso país. Chega de Vampeta, Ronaldo Ésper, Mulher Pêra, Tiririca e Tati quebra barraco.
Política é coisa séria, é o meu e o seu dinheiro que paga o salário dessa cambada toda. Dia 03 de outubro vote 99 e ajude a anular a candidatura dos atuais candidatos.

segunda-feira, 30 de agosto de 2010

Praticar Esporte é caro - Futebol

Hoje vamos abordar aqui, com fatos e provas contundentes, como o Brasil é de fato um país de grandes desigualdades sociais e econômicas. O esporte que é a salvação de muitos jovens carentes tanto pela oportunidade de se profissionalizarem como atletas, como também para os manterem longe da criminalidade e das drogas. Mas veremos que praticar um esporte tão popular como o futebol não é tão simples assim e muito menos para quem não tem tantas oportunidades na vida.
José é um menino pobre que engraxa sapatos na Barra da Tijuca, nas horas em que não tem que trabalhar para sustentar a mãe doente, e mais 6 irmãos menores, ele gosta de jogar bola num campinho de chão batido em São João do Meriti. José é um craque da bola, joga na posição de meio campo e atua também como atacante. José possui um short surrado dos tempos que ainda era garoto, mas é o único que ele tem para jogar bola. A camisa é a 10 do Zico, que era do seu pai, antes de tomar um tiro de bala perdida e morrer na entrada da favela onde moravam. Hoje, em São João do Meriti, José é mais conhecido como Zezico. Mas José jamais vai se tornar um atleta profissional, pois o que ele ganha engraxando sapatos, mal dá para o seu sustento.
Vejamos quanto custa para Zezico ter os equipamentos mínimos necessários para poder ir no centro de treinamento da Gávea fazer um teste nas peneiras do Flamengo. Ele precisa de uma chuteira, uma Adidas das mais simples, que sai por R$ 499,90. Ele precisa de uma camisa nova do Flamengo, que custa R$ 159,00. José também precisa de um Shorts novo, pois o dele está muito curto e apertado. Um adulto do Flamengo custa R$ 109,90. Ele ainda precisa de um meião e uma caneleira para proteção da perna. O meião custa R$ 31,90 e a caneleira R$ 19,90. Vamos fazer uma conta simples de soma e ver quanto o José precisa para ter apenas o mínimo para a prática do futebol, R$ 821,50. A cueca a gente supoem que ele já tenha e não precise de uma nova, ele pode usar a da sorte já bem surradinha.
Alguma coisa está errada. O Brasil é um país em desenvolvimento, mas ainda com uma maioria da população muito pobre. Como pode o esporte mais popular custar quase mil reais para se ter um kit básico para a sua prática desportiva? Este ano é de eleições, olho aberto com os políticos, com  o dinheiro público, que é nosso, porque o governo que assumir em 2011, será o responsável por construir estádios e toda a infra estrutura necessária para a Copa do Mundo de 2014. Depois ainda teremos Olimpíadas em 2016. Abra o olho!

quinta-feira, 26 de agosto de 2010

ESPECIAL - Eleições 2010 Candidatos a Presidente

O ano de 2010 é de eleições para Presidente. Irei abordar aqui, o cenário político atual, o atual governo, o cenário das candidaturas a Presidente e como é a política no Brasil.
O cenário político atual, que tem em Lula o seu atual Presidente, eleito pelo Partido dos Trabalhadores, antes um partido radical de esquerda e hoje um partido moderado de centro-esquerda. Aliado ao atual governo está o maior partido Brasileiro, o Partido da Mobilização Democrática Brasileira, que tem em Michel Temer como seu candidato a Vice-Presidente, ao lado da candidatura do governo, Dilma. Do outro lado, o Partido da Social Democracia Brasileira, que já governou o país por 8 anos e o Partido Democratas como maior aliado. Além dessas duas frentes políticas, há ainda os partidos nanicos que participam do governo ora votando leis a favor da base do governo, ora votando contra.
Candidata Dilma. Participou em sua juventude, de um grupo revolucionário armado denominado COLINA, foi perseguida pela Ditadura Militar, depois com a Redemocratização, entrou para a vida pública, mas nunca assumindo um cargo eletivo, sempre por indicação a cargos de confiança, indicação do Partido.
Candidato Serra. Foi Presidente da UNE, entidade estudantil que era contra a Ditadura Militar, tinha tudo para ser um político de esquerda mas o destino assim não quis. Hoje é o principal nome das Oligarquias Nacionais, defensor da propriedade privada e fiel negociador com Banqueiros e Instituições Privadas.
Candidata Marina. Iniciou sua vida política no Partido dos Trabalhadores, tendo sido eleita Senadora, depois assumiu o Ministério do Meio Ambiente, mas por desavenças internas, saiu do partido e se filiou ao Partido Verde. É considerada uma Eco Capitalista. Defende o meio ambiente até onde não interfira nos interesses dos investidores.
Candidato Plínio. Ex-membro do Partido dos Trabalhadores, faz parte da ala radical do partido que se recusou a mudar a postura política, e que preferiram sair do partido e fundar o Partido Socialismo e Liberdade. Hoje representam junto com o Partido Socialista dos Trabalhadores Unificados, também fundado por disidentes do PT, a ala radical de extrema esquerda do país.
Dá para notar que no Brasil o desinteresse das pessoas pela política cria um cenário caótico e incoerente, onde a mudança de opinião e postura, fazem dos Partidos uma salada mista, com membros de todos os tipos. Hoje, um candidato de direita, já foi militante socialista de esquerda. O candidato ou até mesmo nosso Presidente, que já foram radicais de esquerda, hoje são moderados, de centro para poder ganhar a simpatia do povo, ganhar seu voto e chegar ao poder. No Brasil vale de tudo para chegar ao poder, até mesmo enganar você! Abre o olho eleitor.

quinta-feira, 12 de agosto de 2010

A maldita inclusão digital

Com o passar do tempo a tecnologia se incorporou à vida das pessoas, de forma que coisas simples do dia-a-dia, é praticamente impossível de se imaginar algo sem seu uso ou aplicação. O mundo não é mais tão grande e distante como antigamente, pode-se conhecer o mundo todo através de um clique do mouse. O teclado aproxima pessoas, ao criar uma nova forma de comunicação, uma nova língua, o internetês, com a sua praticidade e facilidade de expor idéias e de expressar-se com quem quer que seja.
Um aspecto muito importante que vale ressaltar é o fator democrático da internet, onde pobres e ricos estão num mesmo nível, sem quaisquer diferenças pois no mundo virtualizado, todos são iguais. A barreira não é mais social com o advento da tecnologia, cada vez mais populações de baixa renda tem acesso à internet, à aparelhos celular de luxo, video games de última geração. A desigualdade passou a ser outra, a do conhecimento. Abstrair conhecimento destas tecnologias talvez seja o maior problema da parcela da população mais humilde e sem instrução.
É um novo mundo a ser explorado, a ser estudado, muita coisa diferente para ser aprendida, wi-fi, bluetooth, firewire, USB, twittar, chat, gateway, DNS, entre outros termos que no começo são estranhos mas que com o tempo se tornam muito familiares. O que ocorre nos dias de hoje é que a parcela dos novos incluídos digitalmente não possuem grau de instrução de letramento, muitas vezes são semi-analfabetos, desconhecem uma ou mais línguas extrangeiras, na maioria das vezes, linguagens padrão de sistemas de celulares, sistemas de computadores ou programas de configuração. O que fazer então?
A popularização das tecnologias e principalmente da internet deveria preparar esses novos usuários, a cada venda de novo computador, ser vendido junto um curso básico de informática. Ao vender um novo celular, oferecer um workshop básico de como operar o aparelho. Uma enxurrada de novos espertalhões e micreiros, que aprendem tudo na raça e fuçando tanto em aparelhos de celular, como em computadores e na internet, compromete a legalidade e a legitimidade da profissão de técnico em informática ou apenas o tecnólogo em redes de computadores. É necessário ser feito algo ou num futuro próximo o mundo da tecnologia será dominado por um sem fim de pessoas sem o menor preparo técnico.

domingo, 18 de julho de 2010

Quem são os analfabetos do Brasil ?

Assim como o pior cego é aquele que não quer ver e o pior surdo aquele que não quer ouvir, o analfabeto político é aquele que vira as costas para a sua responsabilidade de cidadão, se exime de discutir e de tomar as rédeas do país, reclama da situação e diz com todo orgulho que não gosta de política. Segue abaixo, trecho do texto de Bertold Brecht, no qual ele esclarece a respeito do Analfabeto Político.
"O pior analfabeto é o analfabeto político. Ele não ouve, não fala, nem participa dos acontecimentos políticos. Ele não sabe o custo de vida, o preço do feijão, do peixe, da farinha, do aluguel, do sapato e do remédio dependem das decisões políticas.
O analfabeto político é tão burro que se orgulha e estufa o peito dizendo que odeia a política. Não sabe o imbecil que, da sua ignorância política, nasce a prostituta, o menor abandonado, e o pior de todos os bandidos,  que é o político vigarista, pilantra, corrupto e lacaio das empresas nacionais e multinacionais."
Não bastasse isso, vemos políticos e empresas que se valem da exploração do espólio gerado pela miséria provacada por eles próprios à sociedade. Festas e orgías bancadas por empresários com as mesmas prostitutas que o sistema criou. ONGs e entidades sociais financiadas pelo governo, com dinheiro público, tratando de menores abandonados, já em estado de delinquência juvenil, viciados em narcóticos, abusados sexuamente, vítimas da gravidez precoce, e outros tipos de violência física e psicológica.
Esse político vigarista do qual fala Bertold Brecht somos nós mesmos, cidadãos corruptos, que pagamos nossos impostos em dia, alimentamos a estrutura governacional financeiramente, enchemos os bolsos de colarinhos brancos, marajás entre outros personagens influentes nos palácios de governo. 
Esse analfabetismo perdura e não é do interesse de nenhum governo acabar com ele. Serve para manter as coisas no seu devido lugar, de um lado o povo que sofre e do outro os políticos que gozam dos previlégios que lhe foram conferidos através do voto livre e direto. Tudo legal, transparente e acompanhado pela mídia.
O que precisamos para mudar esta situação? Sobretudo, deixarmos de ser analfabetos políticos. Em seguida aprender a analisar as opções que são impostas, candidato A, candidato B, C, D e quantos tiverem. Em terceiro compreender para que serve os votos branco e nulo. Quarto lugar fazer valer o voto como algo que transforma a sociedade, pois desde que o país iniciou o processo de redemocratização, o voto ainda não mostrou a que veio e não tem transformado a sociedade como um todo, apenas beneficiado a um pequeno grupo e mazelado o resto da população. O povo cansou de pão e circo e espera por uma revolução!

sexta-feira, 9 de julho de 2010

Revolução Constitucionalista de 2010

Hoje é 9 de julho, dia que se comemora apenas no Estado de São Paulo a Revolução Constitucionalista de 1932, que pretendia tirar Vargas do poder, após o golpe militar de 1930, após a grande recessão de 1929.
De lá para cá pouca coisa mudou. Vargas continuou no poder, se tornou o ditador civil que mais tempo ficou no poder, até 1945, e depois ainda voltou democraticamente para um segundo mandato. Ficou conhecido como o Pai dos Pobres, mas também como Mãe dos Ricos. Criou vários direitos trabalhistas que sobrevivem até os dias de hoje. Mas a derrota em 1932 foi um duro golpe para São Paulo, que ficou enfraquecido politicamente a nível nacional. O último paulista eleito para Presidente, Júlio Prestes, nem chegou a assumir o cargo pois os militares deram o golpe e logo em seguida empossaram Vargas como Presidente. São Paulo só foi ter um paulista no comando do país 30 anos depois com Ranieri Mazzilli, entre a renúncia de Jânio Quadros e a posse de João Goulart e novamente entre este e o golpe militar de 1964. Novamente os militares davam um golpe e destituíam mais um paulista da Presidência.
A partir daí até os dias de hoje, nenhum paulista assumiu a Presidência. Vale ressaltar que a derrota de 1932 enfraqueceu politicamente o estado a nível nacional, os paulistas perderam prestígio, e hoje sustentam toda uma nação às custas do trabalho, da produção e dos impostos do povo paulista. Nenhuma reforma tributária será feita para mudar a realidade da arrecadação do país pois todos os deputados e senadores sabem que sem São Paulo não há desenvolvimento para o resto do Brasil.
É por isso que em 2010 deve haver uma nova Revolução, a que pode transformar de vez a realidade do país. Devemos escolher entre os candidatos que representam nosso estado ou então anular o voto, mas que seja uma atitude em massa, para forçar o cancelamento das eleições, e exigir um paulista como nosso futuro Presidente.
Chegou a nossa hora, chegou a nossa vez. Chega de sermos usados.

terça-feira, 22 de junho de 2010

O Espírito Nômade do Ser Humano

Estive entregue à reflexão do novo tema a ser exposto e tratado aqui. Trata-se do espírito nômade do ser humano, a adequação do convívio em grupo, a formação da família e a atribuição da fixação de residência fixa e a vida sedentária.
Sabemos que o homem na antiguidade migrava de tempos em tempos com seu bando, pequeno grupo familiar ou até mesmo sozinho, caçava para a sua sobrevivência, mudava de região devido às intempéries da natureza, mudança de clima e outros fatores naturais. O ser humano, como ser racional e topo da escala evolutiva dentre os seres vivos do planeta, vivia em comum harmonia com a natureza, desde que mantivesse o processo migratório através dos quatro cantos do mundo.
A partir do momento que surge a organização dos grupos populacionais e a organização dos problemas que a vida em sociedade acarretam, a constituição da família e todas as suas implicações, o homem começou a fixar local de residência, a criar as tribos, aldeias, vilas, pequenos vilarejos, até chegar ao conceito que hoje chamamos de cidade, metrópole e megalópole. Quando o homem deixou de ser nômade e passou a ser sedentário, acabou aí o equilíbrio entre homem e natureza, pois a apropriação de um local e a sua degradação passou a ser legado de uma sucessão de gerações, o que impede a natural recuperação destas áreas pela natureza, a recompor aquilo que foi subtraído dela.
Hoje o planeta terra agoniza, doente terminal, pois cada cidade do mundo é como uma ferida cancerígena, sem cura, onde a população de humanos cresce mais do que a capacidade regenerativa do planeta. Não bastasse tudo isso, o homem ainda interfere de forma bastante significativa destruindo o meio ambiente ao redor das cidades, destruindo matas ciliares de rios e nascentes, desmatando matas e florestas, perfurando o solo em busca de minerais e petróleo sem falar na poluição do ar causado pelo uso de combustíveis fósseis e a contaminação da água pelo esgoto doméstico e industrial e do lixo que não é reciclado, mas dispensado em aterros sanitários.
A solução para que o planeta e a humanidade se salvem, definitivamente, é mudar não só a ordem social e econômica, destituindo o Capitalismo como o sistema econômico vigente, mas também, abandonar o estilo de vida sedentário das cidades e o vício de explorar um local específico sem deixar que a natureza recomponha-o à sua forma original, significa então, abolir o sistema de cidades e voltarmos a ser nômades novamente, pessoas sem residência fixa, apenas cidadãos do mundo, seres humanos, seres em harmonia com o planeta, explorando seus recursos mas não até a sua exaustão, mas migrando de forma equilibrada pelo planeta de forma que ele se regenere e se cure do mal que lhe causamos durante tanto tempo.
Um abraço para todos e discutam o tema.

sábado, 29 de maio de 2010

Toque de recolher e o cerceamento à liberdade

Tem-se discutido ultimamente a viabilidade da implantação de toque de recolher aos menores de 18 anos, onde segundo a Polícia Militar, tal procedimento contribui para a diminuição dos índices de criminalidade além de afastar estes jovens do uso de álcool e de drogas. Vamos aqui discutir que aspectos geram a criminalidade juvenil e o que podemos apontar como medidas de solução à este problema.
A centralização do entretenimento ou até mesmo o direcionamento mais à região sul, área nobre, com residências de alto padrão, comércio centralizador do point das baladas, tem atraído clientes de diversas regiões da cidade, sobretudo, dos bairros periféricos, sobretudo das zonas Norte, Leste e Oeste. Onde há pontos de entretenimento, há diversão, e todos tem o direito de se divertir.
Não é novo o fato que tanto o poder público quanto a iniciativa privada não investem em cultura, lazer, educação e esportes na periferia das cidades. Tal fato provoca um fenômeno migratório da população para a única região que proporciona algum tipo de diversão, principalmente aos finais de semana. Muito se discute sobre Plano Diretor do desenvolvimento da cidade, mas pouco se faz para desenvolver não só o comércio de bairro, mas também proporcionar investimento em outras áreas que não somente a comercial.
Indiscutivelmente o sistema capitalista vigente é um dos maiores responsáveis pelas desigualdades sociais que temos hoje em dia, e a falta de investimentos na periferia na tentativa de favorecer grande parcela carente da população, faz com que se crie uma diversidade de sentimentos, como o da revolta, o da indignação, o da indiferença, devido à parcela menos favorecida ter a necessidade de se deslocar a bairros de alto padrão e serem confrontados com a dura realidade.
Se você nunca pensou desta forma ou imaginou este tipo de perspectiva, visite uma favela ou um bairro carente de infra-estrutura mínima, como redes de água, esgoto e asfalto e em seguida vá até o Shopping dar uma volta e perceba o choque social que estas pessoas sofrem. Ninguém nasce bandido, ninguém vem ao mundo criminoso, mas, vários fatores sociais e econômicos interferem no desenvolvimento do indivíduo, tornando-o algo que a sociedade criou mas não o que ele é realmente.
Hoje sobretudo esta transformação tem ocorrido já com crianças e ademais nos jovens, que entram cada vez mais cedo para o mundo do crime e das drogas. Trancá-los dentro de casa não vai resolver o problema, estatisticamente está comprovado que onde foi implantado o toque de recolher, mesmo com a diminuição de população nas ruas, o índice de criminalidade se manteve estável. O que temos é uma polícia incapacitada e despreparada que na medida do possível não irá fazer o papel de abordagem, mas sim caberia ao Conselho Tutelar fiscalizar se há ou não jovens além do horário permitido nas ruas e em último caso a polícia através de seu "modus operandi" abordaria como de costume afro-descendentes ou indivíduos de vestimenta mais humilde afim de indentificar tais menores infratores. Sabemos que dentro do condomínio fechado, que apesar de ser fechado, é público, devendo a polícia fazer rondas frenquêntes, os jovens riquinhos ficariam madrugadas inteiras na impunidade.
Não precisamos de toque de recolher. Precisamos de políticas públicas e de investimento do setor privado para que cada vez mais não só os jovens mas a população em geral tenha opção de entretenimento em seu próprio bairro, como salas de cinema, teatros, danceterias, casas de shows, áreas destinadas a esportes, educação e cultura. Somente assim teremos uma sociedade justa, digna e com pleno exercer de seus direitos como manda a constituição.

quinta-feira, 20 de maio de 2010

Bulling e chateações afins

Nos dias de hoje, em pleno 2010, século XXI, o que mais ouvimos na mídia é uma palavra que foi nacionalizada de um termo em inglês, o Bulling. Mas o que é bulling? Lembra quando você era criança e lá na escola tinha os seus amiguinhos? Então, nessa fase escolar, sempre tem alguém acima do peso, que logo recebe o apelido de nho-nho, bolota, bolo-fofo, e por aí vai. Por outro lado, tem aquele que é o salsicha, o tripa-seca, o varetão, etc. Isso sem falar naquela fase fantástica onde todos que você vai chingar, antes do palavrão você cita o nome da mãe do indivíduo ou atribui à mãe o chingamento.
Pois então, no meu tempo de criança isso era saudável. Cresci em meio à isso tudo, tive apelidos, ajudei a criar outros, tanto para mim quanto para outros colegas. Por onde andava era reconhecido, por vezes mais pelo apelido do que pelo próprio nome. Fiz muitas amizades, hoje posso considerar que sou muito conhecido devido à essa época de chateação nos tempos de escola. Meus amigos também tem histórias iguais à minha e também não desenvolveram qualquer tipo de trauma referente aos apelidos que tinham. Todos somos hoje homens de bem e muito bem resolvidos com um comportamento centrado.
Mas hoje a mídia, pedagogos, psicólogos, psicopedagogos, psiquiatras, sociólogos, entre outros especialistas afirmam que essa prática que um dia já foi saudável, hoje age de forma depreciativa no caráter do indivíduo, tornando-o um ser isolado do convívio social, estressado, revoltado e por vezes violento. O que ninguém percebe é que esta prática, hoje rotulada como bulling e que já foi algo saudável entre jovens e crianças, nada tem a ver com os comportamentos de violência destas pessoas.
Todos se esquecem que as instituições que são o alicerce da Sociedade estão em falência há muito tempo. A Igreja já não cumpre mais o seu papel e não há mais respeito por padres e sacerdotes, pois estes já mancharam às tantas a sua reputação em meio a diversos escândalos de envolvimento em casos de pedofilia e pederastia, na maioria das vezes, com jovens e crianças da própria comunidade. A Família é outra instituição que vem sendo corroída há tempos, em parte pelo individualismo que a vida moderna proporciona, cada indivíduo da família num canto da casa, cada qual com seu computador, cada qual com a sua televisão, quando precisam falar entre sí ou ligam para o celular da pessoa ou então deixam uma mensagem pelo e-mail.
O Capitalismo como sistema econômico dominante e o ritmo de vida estressante, competitivo e desumano é quem proporciona estes comportamentos violentos, alteração dos sentimentos e inversão de valores nos indivíduos, onde somos todos vítimas, embora queiramos condenar outras práticas como as responsáveis.
Até que se mude a forma na qual vivemos e ganhamos a vida, até que as instituições que são alicerces da sociedade ressuscitem como pedras fundamentais na formação do ser humano nada irá mudar. O bulling é em sí uma prática saudável entre crianças que não tem malícia e entre jovens, que ainda que tenham malícia não o fazem por mal. Temos é que buscar a cada dia tomar cada um destes revéses como força para continuar a difícil batalha da vida, onde nada é fácil, ao invés de proibirmos esta prática e termos num futuro bem próximos adultos que não sabem lidar com sentimentos ruins mas que podem ser canalizados para o bem, algo muito grave para uma sociedade.

quinta-feira, 13 de maio de 2010

Paralaxe Cerebral

A Paralaxe Cerebral nada mais é do que a alteração cerebral nos indivíduos, alteração esta que faz com que a partir da reflexão, da discussão e da formação ou reformulação de conceitos, se chegue à uma nova compreensão de mundo, visando melhorar a realidade em que vivemos.
Alterar a atividade cerebral de um estado de apatia, de inércia racional, onde a população se torna escrava das idéias e paradigmas expostos, para um estado de constante reflexão, discussão, argumentação, sempre procurando a real causa dos problemas e chegando às suas soluções e não simplesmente apontando erros em busca de sensacionalismo barato.
Crie no seu dia a dia a rotina da Paralaxe Cerebral nos meios sociais onde você se encontra inserido, abandone o mau hábito de ficar quieto, de engolir sapos, de dizer Amén a tudo e a todos. Sempre procure questionar para criar atividade cerebral visando alterar pontos de vista. Seja um observador crítico e pondere outras formas de pensamento e utilize como ponto de partida para suas contra argumentações.
Vamos construir um mundo melhor, com seres reflexivos, pensantes, transformadores, críticos, conscientes e principalmente desvinculados do atual sistema que nos induz a crer em seus falsos paradigmas. Todos os temas aqui discutidos serão polêmicos ao extremo, mas servirão para despertar o pensamento e a reflexão de cada um, para que a paralaxe cerebral surja em cada um, para que dentro em breve possamos criar uma nova forma de pensar e agir para o restante da sociedade.

quarta-feira, 12 de maio de 2010

Do que o mundo precisa?

O mundo precisa de pessoas que tenham atitude! Que levantem seus gordos bumbuns do sofá e pratiquem ações que melhorem o mundo. O mundo precisa de pessoas que abram a boca para falar e não simplesmente digam Amén para tudo e para todos. Se você procura realizar qualquer mudança, inicie por você mesmo!
Fale, grite, discuta, argumente! De gente acomodada o mundo já está cheio. A grande mídia globalizada e os demais meios de comunicação de manipulação das massas querem que cada vez mais e mais pessoas fiquem quietinhas no seu canto, dizendo Amén para tudo, bem acomodadas, totalmente dominadas.
O mundo não precisa de Partidos Políticos, precisa de política sim mas não de politicagem! O mundo não precisa de segurança, de mais polícia nas ruas, se quem torna este mundo inseguro é você mesmo. Você não pode exigir segurança se você foi o causador da onda de violência, se você não faz nada para mudar a desigualdade social, econômica, financeira, educacional, cultural, esportiva do mundo.
Este Blog surge como alternativa a tudo o que existe como tentativa de mudança no comportamento das pessoas que de uma forma ou de outra tentam fazer alguma coisa para melhorar o mundo em que vivem. É um espaço aberto, mas não necessariamente democrático, é um espaço público, mas não significa que quem compactua com o atual paradigma social venha ter aqui  neste espaço direitos de resposta.
Sintam-se a vontade para comentar cada artigo aqui publicado e espero ter muitos colaboradores para que cada tema seja ampliado, de forma a criar novos pontos de vista, de acordo com a abordagem de cada observador em relação ao tema exposto. Espero contar com a colaboração de cada um de vocês para que este Blog dentro em breve seja uma referência no que toca as questões de interesse da coletividade.