quinta-feira, 12 de agosto de 2010

A maldita inclusão digital

Com o passar do tempo a tecnologia se incorporou à vida das pessoas, de forma que coisas simples do dia-a-dia, é praticamente impossível de se imaginar algo sem seu uso ou aplicação. O mundo não é mais tão grande e distante como antigamente, pode-se conhecer o mundo todo através de um clique do mouse. O teclado aproxima pessoas, ao criar uma nova forma de comunicação, uma nova língua, o internetês, com a sua praticidade e facilidade de expor idéias e de expressar-se com quem quer que seja.
Um aspecto muito importante que vale ressaltar é o fator democrático da internet, onde pobres e ricos estão num mesmo nível, sem quaisquer diferenças pois no mundo virtualizado, todos são iguais. A barreira não é mais social com o advento da tecnologia, cada vez mais populações de baixa renda tem acesso à internet, à aparelhos celular de luxo, video games de última geração. A desigualdade passou a ser outra, a do conhecimento. Abstrair conhecimento destas tecnologias talvez seja o maior problema da parcela da população mais humilde e sem instrução.
É um novo mundo a ser explorado, a ser estudado, muita coisa diferente para ser aprendida, wi-fi, bluetooth, firewire, USB, twittar, chat, gateway, DNS, entre outros termos que no começo são estranhos mas que com o tempo se tornam muito familiares. O que ocorre nos dias de hoje é que a parcela dos novos incluídos digitalmente não possuem grau de instrução de letramento, muitas vezes são semi-analfabetos, desconhecem uma ou mais línguas extrangeiras, na maioria das vezes, linguagens padrão de sistemas de celulares, sistemas de computadores ou programas de configuração. O que fazer então?
A popularização das tecnologias e principalmente da internet deveria preparar esses novos usuários, a cada venda de novo computador, ser vendido junto um curso básico de informática. Ao vender um novo celular, oferecer um workshop básico de como operar o aparelho. Uma enxurrada de novos espertalhões e micreiros, que aprendem tudo na raça e fuçando tanto em aparelhos de celular, como em computadores e na internet, compromete a legalidade e a legitimidade da profissão de técnico em informática ou apenas o tecnólogo em redes de computadores. É necessário ser feito algo ou num futuro próximo o mundo da tecnologia será dominado por um sem fim de pessoas sem o menor preparo técnico.

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