terça-feira, 15 de maio de 2012

Emprego vs Trabalho

Estamos realmente em tempos de crise? Essa é uma pergunta que não quer calar. Até onde vai a falta de caráter e escrúpulos do Sistema Capitalista? É possível que tudo isso seja uma invenção dos Governos para acelerar o crescimento, estimular o consumo e terem ainda mais lucros do que jamais tiveram? Essas e muitas outras perguntas irão surgir com o tempo e uma coisa é certa, vivemos à mercê de um regime que só vê interesse no nosso dinheiro e o que iremos fazer com ele. Mas os argumentos para sustentar uma crise não são poucos. Há uma lista enorme e hoje iremos abordar a questão do desemprego. Iremos contextualizar se realmente o que o Governo divulga condiz com a realidade. Se o parâmetro que é utilizado para que uma pessoa esteja empregada realmente é uma estatística justa e condizente com a realidade. Hoje o salário mínimo é de pouco mais de R$ 600,00 o que equivale a cerca de US$ 10,00 por dia.


Se formos considerar que uma família média brasileira possui 4 pessoas, com esse valor é humanamente impossível sobreviver. Concluímos então que neste caso, não só o homem trabalha mas também a esposa, para poder complementar a renda. O valor da força de trabalho de um pedreiro avulso é em torno de R$ 70,00/dia e o de uma faxineira diarista o equivalente à R$ 50,00/dia. Um casal que trabalha sem registro em carteira nessas profissões tem como renda um salário acima de R$ 1.500,00 e R$ 1.000,00 respectivamente. Bem acima do que se fossem registrados e recebessem um salário mínimo cada. Entretanto, sem registro em carteira e sem a abertura de uma empresa, o que acarretaria gastos com impostos, seguem ambos nas estatísticas do Governo como um casal em situação de desemprego.Vemos então que o trabalho jamais está em falta. O dito emprego, com carteira assinada tampouco. A diferença é que entre uma construtora contratar um pedreiro sem experiência é pouco provável, se já tiverem candidatos com certa experiência.


Nada impede que um novato trabalhe por conta mesmo que ainda na informalidade. As estatísticas de desemprego camuflam uma realidade que o Governo não quer mostrar. De que as políticas de salário no Brasil são desiguais. Poucos, muito poucos ganham muito e muitos ganham muito, muito pouco. Para amenizar a crise que o próprio Governo gerou são criadas bolsas assistenciais que visam ajudar a complementação de renda do povo, que como já é sabido não sobrevive com apenas um salário mínimo. Aqui concluímos que se há uma crise é a que foi criada pelo próprio Governo e que não tem o menor interesse de acabar com a mesma. Afinal, em cima desse cenário caótico que ele mesmo cria, são financiados programas para inclusão no primeiro emprego, fornecidos cursos de capacitação entre outras atividades que fazem uso de dinheiro público. Quem quer trabalhar, trabalha. Agora só não fique sentado à espera de um emprego com carteira assinada. Basta Já!