quinta-feira, 14 de outubro de 2010

O pacato cidadão

O Brasil é realmente um paraíso! Um país tropical, com uma costa previlegiada, com belas praias, um interior bucólico que remete à paz e ao sossego. Mas o Brasil não é só essa maravilha não, aqui também é o paraíso para aqueles que querem fazer o brasileiro de bobo, idiota, trouxa e qualquer outro adjetivo que signifique ser passado para trás.
O povo tem acesso à TV aberta, que é de graça, basta colocar uma antena no telhado, ou usar uma daquelas internas mesmo, pendurada em cima da sua televisão na sala, umas até com um chumaço de palha de aço, para melhorar a sintonia. Entretanto, esse serviço de graça, custa para o povo, ter que engolir goela abaixo, os comerciais da TV, que tem duração variada, mais curtos quando a audiência está baixa, mais demorados, mas bem mais demorados, quando a programação está dando picos de audiência, segundo o IBOPE.
A TV presta um serviço à comunidade, que é o de levar informação e entretenimento, um pouco de cultura para o povo brasileiro, tão sofrido. Em contrapartida, o povo brasileiro passa muito mais tempo em frente à TV do que lendo um livro, aliás, o brasileiro tem um péssimo hábito, o de não gostar de ler. Um dos motivos mais claros, é que a mídia impressa é de mais difícil acesso à população, principalmente os menos favorecidos economica e financeiramente. A informação é a mesma, a mesma que a TV transmite também sai nos jornais e revistas, mas a TV aberta não cobra nada, e o jornal e a revista cobram e não é pouco.
Hoje os jornais e as revistas prestam um desserviço à sociedade. Outro dia lendo um jornal, uma página inteira era ocupada por uma propaganda de um carro novo de determinada marca. Pensei comigo, se eu sou obrigado a engolir goela abaixo esta propaganda, por que o tonto aqui pagou por esta porcaria de jornal? É mais barato, ligar a TV e esperar a propaganda do carro aparecer. Com as revistas isso ainda é muito pior, há uma série de páginas apenas de propagandas, fica difícil é saber, em qual página está a notícia.
Felizmente, dentro em breve, num futuro não muito distante, não vai haver mais nem jornais e nem revistas nas bancas, não porque a população deixou de comprar por pensar conforme meu raciocínio, mas porque boa parte do conteúdo já se encontra disponível na internet, e embora lá também tenha as propagandas, pelo menos, se você não pagar pelo acesso e usar um acesso público gratuito por exemplo, já é um indício de que dias melhores virão. Até lá!

Nenhum comentário:

Postar um comentário