terça-feira, 21 de junho de 2011

O prazer de ler e o ato de pensar

O mundo moderno nos distrai todos os dias com seus encantos. Computadores com internet banda larga, aparelhos celulares com conexão 3G, tablets com acesso wireless entre outros gadgets que nos hipnotizam e nos fazem perder uma boa parte do nosso tempo nesse novo tipo de entretenimento. Isso sem contar as emissoras de televisão que criam reality shows onde tentam em vão jogar iscas para a curiosidade humana. O rádio já não desperta tanto mais o interesse das pessoas e uma experiência maior ainda que aguça o campo da imaginação passa mais desapercebido. O inigualável prazer da leitura.


Imaginar é ver e apenas lendo um bom livro é que conseguimos imaginar as situações descritas pelo autor e ver exatamente com os seus olhos. É quase unânime que todo e qualquer livro que é adaptado para o cinema é infinitamente superior em detalhes e interessante. Até pelo fato do filme ter uma limitação de tempo de exibição e a leitura ter o tempo definido pelo leitor. O grande filósofo alemão Friederich Nietzsche quando produzia algo tirava de perto de sí todo e qualquer livro, pois para ele o livro tinha vida e falava aos seus ouvidos, exatamente o pensamento expresso pelo seu autor. Para não incorrer na tentação de ser influenciado por um pensamento alheio, Nietzsche só lia livros quando não produzia nada de sua autoria.
Se partirmos deste ponto de vista de Nietzsche podemos chegar ao verdadeiro ato de pensar, ação pouco comum nos dias de hoje. As pessoas quase sempre não possuem opinião própria. Não se interessam por assuntos que envolvem a sua vida e a vida do seu país. Hoje a Oligarquia que comanda o país não investe na educação de seu povo e nem se interessa que esse povo se instrua, que passe a ler e a discernir o mundo a sua volta. Essa Oligarquia Capitalista apenas tem em mente manter tudo como está, seja o sucateamento da educação, a desvalorização do professor, a depredação do patrimônio público e a má utilização dos recursos que deveriam ser investidos na educação. O Governo deixa o povo órfão mas é o povo que deve buscar por sí mesmo o conhecimento em bibliotecas, sebos e livrarias para a cada dia tornar não só o ato da leitura uma realidade mas também o ato de pensar, questionar, debater todas as questões que envolvam sua vida e a vida política do país algo corriqueiro. Chega de sermos subjulgados pelo Governo. Basta Já!