segunda-feira, 26 de março de 2012

A questão da minoridade na sociedade pós-moderna

Tomei conhecimento de um texto de Emmanuel Kant a respeito da questão da minoriadade que me chamou muito a atenção. Fato é que quase não paramos para pensar nestas questões no nosso dia a dia. Tanto relacionado às nossas vidas, ao nosso convívio familiar ou mesmo na escola, trabalho e até no âmbito da nossa cidade, estado, pais e mundo como um todo. A relação que temos com os nossos tutores e com os intrumentos de tutela que zelam por nós e que cuidam de nosso bem estar alimentam e sustentam um sistema no qual sempre haverá alguém para fazer e decidir por nós. Deixamos de ser Homens livres e não é de agora.


O sentido pleno de liberdade diz sentido à autonomia do indivíduo, que é tudo o que não temos. Hoje o povo não é autônomo mas existem líderes oportunistas que são. Ao invés de nós decidirmos pelas nossas vidas e pelo nosso futuro, delegamos à esses representantes, seres iluminados que o façam por nós. Quando votamos e elegemos um representante, negamos a nossa liberdade, negamos a nossa autonomia, entregamos a nossa vida e o nosso destino nas mãos de um estranho. O argumento é que nem todo ser humano está apto a decidir sobre sí mesmo e que a tutela de políticos, do clero, das forças armadas e da oligarquia dominante é necessária para que não soframos. Caminhar sozinho é muito perigoso e é por isso que eles estão no poder, para proteger-nos dos perigos da vida. Afinal, somos simples marionetes comandadas pelos poderosos.


Quando o Homem se der conta de que é capaz sim de conduzir a sua vida, de tomar as próprias decisões, mesmo que leve alguns tombos e tropeços no começo, será muito bom para contribuir no seu aprendizado. Será algo autêntico que vêm de dentro deste indivíduo que durante milênios está aprisionado, vítima da igreja, da política e da mídia. Fica a dica do vídeo Homem Livre da banda Motorocker que trata do ideal de liberdade. Esperamos um dia que o Homem deixe de ser explorado por outro Homem. Basta!