segunda-feira, 9 de maio de 2011

Os pássaros não cantam em dias de chuva

Todos os dias quando acordamos sequer nos damos conta dos sinais vitais que a Natureza possui e utiliza para se comunicar conosco. Muitos de nós reclamamos quando a claridade nos acorda pela manhã quando o sol bate na janela do nosso quarto. Poucos são os que agradecem por mais um dia de céu claro. A correria do dia a dia nos força à levar um ritmo de vida onde a percepção das menores coisas passa totalmente desapercebida. Muitas vezes, nosso ouvido já está habituado a ouvir todas as manhãs o som dos pássaros a cantar do lado de fora da casa mas quando acordamos num dia de chuva, sequer percebemos que neste dia os pássaros não estão a cantar.


Há muitas outras pequenas coisas em nosso dia a dia que passam desapercebidas e na qual julgamos ser algo absolutamente normal. Devido às diversas facilidades tecnológicas e inúmeros gadgets hoje é raro ver alguém lendo um livro em praça pública. O velho bate papo só é visto em rodas de aposentados. O ser humano torna-se cada dia mais frio, individualista e solitário. A depressão é uma doença muito comum entre qualquer círculo social, do mais rico ao mais pobre. O capitalismo molda com o tempo um ser humano sem sentimentos, sem percepções, sem tempo para perder tempo com coisas que realmente importam na vida de cada um de nós.
Passar pequenos momentos em contato com a nossa verdadeira essência, contemplar a natureza, passar um tempo com os animais, cultivar plantas no quintal de casa, andar descalço pela terra, dar um abraço num desconhecido, levar uma palavra amiga a quem precisa. Valores humanos que o ser humano precisa resgatar logo. Diversas doenças modernas que há alguns anos atrás acometiam pessoas acima dos 40 anos já fazem vítimas entre os mais jovens. Do que vale tanto acúmulo de bens se iremos morrer e tudo ficará por aqui? Desta vida nada levamos senão apenas as experiências que tivermos e quanto mais pudermos experimentar o contato com a Natureza e os seus sinais, melhor será o nosso aprendizado. Basta Já!

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