quinta-feira, 7 de abril de 2011

Um pouco de regras e acordões classistas

A sociedade Capitalista vive imersa na ignorância e no pensamento pequeno burguês. A propriedade e o sentido de posse cria tantos egoístas quanto o pior regime autoritário já conhecido. O ser humano é movido pelo Ego e este necessita de afagos dia e noite. Um elogio não basta para que o profissional se sinta capaz e contente com a profissão que exerce mas é necessário além de um salário à altura de sua competência alguns títulos e promoções que o diferem de outros tantos simples mortais. A ganância, a cobiça, a inveja e a ira permeiam a personalidade de muitos profissionais que de tão radicais tornaram-se ícones classistas, extremistas bastardos que em nada contribuem para a melhora da sociedade e ainda por cima mantém a velha estrutura de exploração vigente no mercado de trabalho.
À quem é dado o direito de ensinar? Ao professor? Provavelmente sim mas o mais óbvio é que o direito de ensinar seja garantido àquele que realmente tenha o conhecimento e que tenha as habilidades didáticas para tal função. À quem é dado o direito de advogar e julgar? Muito claramente deveriam ser aos juízes e advogados, mas não basta apenas estudar e passar na prova da OAB para agir com Justiça! Aarão, cunhado de Moisés, sem nenhum estudo advogou no deserto durante os anos de fuga do povo Judeu na busca da terra prometida. Moisés foi o primeiro Juiz da história também sem passar na prova da OAB, mas aplicava a justiça dos homens com firmeza e alertava todos sob um julgamento divino à que também seríamos submetidos.
Muitas profissões tem verdadeiros mestres, pessoas que não só estudaram mas que também nasceram com um dom especial para aquele tipo de profissão. O que dizer de inúmeros médicos que cometem falhas gravíssimas em cirurgias, esquecem materiais cirúrgicos dentro dos pacientes, mecânicos mestres na arte da gambiarra, engenheiros picaretas que constroem prédios e pontes que quando se menos espera, despencam feito um frágil castelo de cartas. As regras, regulamentações profissionais e acordos classistas são firmados geralmente pelo Governo e sindicatos ou entidades de classe. Apenas isso não é garantia nenhuma de que o profissional é capacitado ou não para exercer essa ou aquela profissão.
Neste dia do Jornalista venho defender que o direito constitucional à liberdade de expressão deve ser respeitado. A formação profissional hoje atende apenas e tão somente aos ideais Capitalistas. Já não temos uma formação crítica nas universidades. A massa proletária que aí está se vende por qualquer migalha. Hoje formamos mercenários em diversas profissões mundo afora. Quem é que realmente está habilitado a trabalhar? Até onde exercer uma profissão sem formação é ilegal. Seria mais ilegal ou imoral esta prática? Onde estamos e onde pretendemos chegar é um foco que precisamos ter para suplantar este sistema de desigualdades e transformar a sociedade de forma significativa. Jornalista não é aquele que apenas informa mas que também cumpre um útil papel ativo dentro da sociedade. Basta Já!