terça-feira, 22 de fevereiro de 2011

A doença da omissão juvenil

Fato triste é constatar que no mundo atual os nossos jovens estão sem um pingo de inquietudes, sem uma ânsia por questionamentos, pois lhes falta questionar e não seguir como tem sido feito, dizendo amém para tudo e para todos. Nenhuma revolução se faz sem a participação dos jovens, mas os de hoje, extremamente doutrinados a serem pacatos, não transformam nem a sociedade em que vivem e muito menos suas próprias vidas. O mundo de hoje dá de mão beijada tudo aquilo que os jovens de outrora batalhavam muito para conquistar. Já dizia um velho ditado, tudo que vem fácil, também vai fácil.
Infelizmente no sistema capitalista, onde as pessoas não são nada além de consumidores, questionar não faz parte do contexto. Devemos ser como máquinas que apenas fazemos nosso dever mecanicamente, sem saber o porque de fazermos. Ver como as coisas funcionam nos dá uma visão mais clara sobre a vida. Ver como as coisas funcionam no sistema capitalista nos dá uma visão mais clara sobre a vida em sociedade. A maioria das pessoas não se preocupa nem um pouco com essas questões, sobretudo os jovens.
É urgente que os nossos jovens sejam despertos e tirados o quanto antes das trevas da ignorância. O pior mal que pode acometê-los no futuro ou até quem sabe já no presente é a doença da omissão juvenil. Essa doença exclui qualquer participação em protestos, revoltas, manifestações, greves, mutirões e quaisquer outras formas de mobilização popular. Sem o jovem no front para puxar a grande marcha revolucionária, qualquer revolução já estará fadada ao fracasso. Hoje quem está no poder e controla o Estado, sabe muito bem disso e mina as forças de nossos jovens, como que num processo de lobotomia social fatalmente implacável. Basta! Jovens à luta!

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