terça-feira, 18 de janeiro de 2011

Walmor e seus nojos específicos

Nos últimos dias está bombando na internet vídeos do Youtube de autoria do humorista Rafinha Bastos sobre o seu cão da raça Pug. Segundo o humorista, seu cão Walmor sofre de certos tipos de nojos específicos. Em um dos vídeos Rafinha cita a palavra incesto diversas vezes e o cão nem se manifesta, mas ao dizer incesto de crianças da malásia o cão move a cabeça em estado de alerta. Na sequência é citada a palavra estupro várias vezes sem qualquer ação por parte do cão, mas ao falar estupro de jovens albinos ele move novamente a cabeça e fica em estado de alerta. Ao falar um ator comendo uma fruta, o cão novamente não se manifesta, mas ao dizer Francisco Cuoco comendo kiwi ele novamente move a cabeça ficando alerta.
Fica claro que o cão Walmor está condicionado. Dentro do campo da psicologia, o americano Burrhus Frederic Skinner foi um dos mais importantes psicólogos Behavioristas. O behaviorismo ou psicologia comportamental estuda o comportamento e o condicionamento humanos. Sua principal proposição era de que um reflexo não é senão a correlação entre um estímulo e uma resposta. O vídeo em sí não apresenta nenhum truque, pois hoje em dia, diversos adestradores de animais usam o estímulo e resposta estudados por Skinner para treinar e condicionar animais. Skinner dizia que seu interesse era em compreender o comportamento humano e não manipulá-lo. Fez estudos profundos sobre a superstição. Hoje suas técnicas são amplamente utilizadas principalmente no adestramento animal e em campanhas de marketing político.
Animais não são racionais como o ser humano mas agem mais por instinto. O homem apesar de ter instinto age mais pela razão. O estímulo e resposta não é algo que pode ser tomado como aplicável a todos os humanos, pois quanto maior resistência mental de quem é estimulado mais difícil é o condicionamento. Significa que menor grau de instrução, maior ingenuidade, grau de ignorância, mais facilmente será influenciado e condicionado. É assim que políticos convencem seu eleitorado a trocarem promessas por votos. Precisamos então ser mais racionais, mais críticos, mais reflexivos para que nosso cérebro não seja tão facilmente enganado, seja por um político astuto, por um humorista de férias ou por qualquer adestrador de plantão.

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