segunda-feira, 21 de março de 2011

Exilado em sua própria reclusão

Há momentos em que o ser humano se isola de tudo e de todos como se fosse um exílio particular. A Psicologia explica isso muito bem no livro "Homens são de Marte e Mulheres são de Vênus". Os homens funcionam como elásticos, se aproximam e se afastam de tempos em tempos. Já as mulheres são como ondas, possuem altos e baixos, de acordo com o momento em que vivem determinadas experiências. Saber perceber quando essas coisas acontecem é o papel de cada um de nós, embora no dia a dia, devido à correria da vida moderna, é quase impossível olharmos para dentro de nós mesmos e descobrirmos quem somos, que dirá percebermos isso no nosso próximo.


O ser humano não foi feito para viver solitário no mundo e é muito prejudicial que vivamos reclusos num universo tão individualista e egoísta ao mesmo tempo. A solidão é inimiga da felicidade e nos remete à experiências muito desagradáveis. Só estamos bem sozinhos quando nos livramos de um mal maior que é a má companhia. Fora isso, devemos olhar ao redor e ver quantas pessoas se importam conosco e nos amam verdadeiramente. A cada dia que passa me preocupo com o futuro, do que será dessa nossa humanidade, do que será das gerações futuras, se nesse futuro, haverá vida humana na terra ou se estamos fadados à extinção de nossa raça neste planeta.
O capitalismo nos remete à um estilo de vida onde nos tornamos escravos do trabalho, vivemos apenas para trabalhar e pagar nossas contas, não há mais tempo sequer para observarmos em tom de contemplação a natureza, o sol, a lua e os animais. Não vemos mais beleza nas coisas, pois o tempo que temos é direcionado para tudo que é artificial e virtual, tecnológico. Há tempos as pessoas já não falam olhando nos olhos, já não há mais sinceridade nas palavras. O respeito, o amor mútuo, a confiança, tudo tem se desfeito. É triste ver que o mundo caminha para algo terrível e que no fim de tudo, não há esperança nenhuma, nem para mim, nem para você e nem para ninguém mais. Basta Já!