sexta-feira, 25 de março de 2011

Se o arrependimento fosse bala de revólver

Nem sempre tomamos as melhores decisões em nossa vida. Desde que nascemos nos deparamos com uma série de desafios que se tornam pedras em nosso caminho. Dar os primeiros passos é extremamente difícil mas ainda nesta época podemos contar com nossos pais para nos ajudar e evitar uma possível queda. Aprender a falar é outro desafio mas a todo momento somos incentivados por aqueles que nos querem bem. Este bem querer é tão constante que conforme amadurecemos há sempre alguém que nos aconselha a tomarmos as melhores decisões para nossa vida. Somos queridos por muitas pessoas e devemos sempre que possível seguir seus conselhos para não quebrarmos a cara. Quando nos afastamos do convívio de quem nos ama, das pessoas que realmente se importam conosco, de quem verdadeiramente nos valoriza, nos tornamos individualistas, egoístas e solitários.

Imaginar um mundo repleto de pessoas sozinhas não é algo difícil. Hoje em dia, com a popularização das redes sociais, do avanço tecnológico e principalmente pela consolidação do Capitalismo, as pessoas vivem cada vez mais distantes da vida ideal, no seio da família e entre aqueles que a amam. O sucesso profissional, o acúmulo de riquezas, a construção de um pequeno império pessoal calcado no trabalho e no lucro é o ideal de vida de muitas pessoas. A maioria das pessoas afirmam que a felicidade envolve principalmente conforto material, luxo e um bom saldo bancário.
Infelizmente, todos nós iremos morrer um dia. Deste mundo não se leva nada. Corre-se o risco ainda de o Governo confiscar todos os nossos bens e deixar nossos parentes sem nada! Devemos dar mais valor às pessoas e usar as coisas e não o contrário. Hoje o Capitalismo nos induz a usarmos as pessoas e dar valor nas coisas. Um carro importado não é mais importante que o abraço de um amigo. Uma mansão não é mais valiosa que um carinho de mãe. Nenhum saldo bancário vale mais que o beijo da pessoa amada. As pessoas tomam decisões precipitadas e metem os pés pelas mãos, abrem mão da felicidade em busca de uma ilusão barata e tão sem valor quanto o próprio Capitalismo. Se o arrependimento matasse feito uma bala de revólver teríamos hoje poucas pessoas para contar esta história. Basta Já!